sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre a igualdade, cultura, direitos humanos e liberdade


Créditos: Desenho de participante do I Sarau ANEM

A reunião do projeto ANEM sobre a fábula de George Orwell, a Revolução dos Bichos, começou com as frases "Todos os bichos são iguais" e "Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros". Como não ver nisso nossos dias? Como
não ver nisso nós mesmos, refletidos e esquadrinhados em palavras?

Não se faz difícil entender porque prosseguimos a falar da igualdade. Igualdade que nos falta, que nos desafia, que indaga a nossa diferença. Afinal, não há motivo mais justo para a criação da igualdade ideológica, senão a diferença, a individualidade fática e fatal, que córroi nossos valores democráticos e nosso senso de justiça. Possuir o poder superior implica na obrigação de tratar com igualdade e, até mesmo, respeito. É o que o mais fraco merece.

Mas, sigamos, continuemos a dizer o que é liberdade para nossa cultura. O que é a liberdade dentro do sistema capitalista onde os opressores são oprimidos pelo lucro ganancioso de si mesmos, sem causa aparente, um caos total. São esses nossos dias
e é isso que nos força a pedir do Direito: - Por favor, a igualdade.

A igualdade do Direito é feita pelos humanos, cheios de falhas e defeitos como também os direitos humanos, cheios de lacunas, impossibilidades, imprecisões, utopias. Humanos Direitos os Direitos Humanos. Assim, a igualdade é suplicante de nossos sonhos, por sua vez, cheios da vontade de liberdade que nos guia. Como não pensar que os Direitos Humanos só o são na liberdade de um sistema econômico, moral, social? Longe desse limite, parecem ser imposições. Posso conversar com você? Não.
Fecha-se a porta do diálogo do Outro seja pessoa, cidade, estado ou país. Fecha-se a porta de um direito humano livre e responsável.

O resto é conversa de bastidores.

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