terça-feira, 25 de maio de 2010

Próxima Reunião

Pessoal,

A próxima reunião na qual debateremos "Caim" de José Saramago será:

Data: 27/05/2010 (QUINTA-FEIRA)
Horário: 16h
Local: Sala A5 - Bloco A - Campus Básico - UFPA


Lembrando que a participação é livre e gratuita, estendemos convite à todos(as) que tenham vontade de participar deste encontro.

Para aumentar esta vontade, vale a pena conferir alguns vídeos do autor disponíveis no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Vd3GBaZNtAw&feature=related ; http://www.youtube.com/watch?v=ihnAvfbX4Rk&feature=related ; http://www.youtube.com/watch?v=EyOcrtCwekM .

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sinopse: "Caim" (José Saramago)


Para se deleitar com o sarcasmo de José Saramago: "Caim", livro escolhido para o próximo encontro.

Abaixo, um trechinho de uma resenha publicada na Revista CULT.

"Ao discutir constantemente com deus, caim desvela o absurdo de compreender qualquer texto em sua literalidade, como palavra absoluta; de ouvir sem interrogar, de agir sem duvidar, de compreender o texto arcaico de uma cultura como história universal e única verdade.

Nesse confronto, há uma interpelação contrária ao discurso narcísico em que o ser deus seria pura volição. A determinada altura, aí está uma revelação de fato, ou melhor, da ficção: “(…) a vida de um deus não é tão fácil quanto vocês creem, um deus não é senhor daquele contínuo quero, posso e mando que se imagina (…)”. Eis o alvo do dedo/deus: o leitor ingênuo, os leitores obedientes, também os que necessitam das catástrofes, e nós, na figura de um leitor implícito, convocados em cumplicidade com o herói caim, que vem pôr abaixo a substituição da humanidade, fundada no repetitivo discurso do Mesmo.

Esse é o caim outro, herói em conflito com o poder da palavra, em viagem da ficção, 'ao deus-dará', como indica o narrador."

SIMAS, Monica. No início era o verbo, depois vieram as interrogações. Revista Cult, São Paulo, n. 141, nov. 2009.

Até breve!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Primeira Contemplação da Arte e sua Inexatidão

O Lobo do Mar e o Pequeno Príncipe conduzem-nos em inquietantes viagens pela contraposição entre Ciência e Experîencia, Razão e Instinto, Viver e Morrer.

De um lado, O Pequeno Príncipe remete-nos ao entusiasmo e estranhamento de um ser em busca de todo conhecimento e vivência possíveis de serem percebidos por alguém, para realizar sua ascese à aceitação da missão, de modo a abraçá-la com amor e total entrega.

De outro, Lobo Larsen e Humpfrey nos angustiam e inquietam ante o contundente confronto entre a força bruta que a vida tem quando precisa salvar a si mesma e o racional apelo pela mantença dos valores de civilidade e humanidade que dão sentido a essa existência.

Na maresia dessas viagens, permiti-mo-nos, por um instante, indaganar-nos, juntamente com o curioso Principezinho, quem são os moradores da Terra. Seria a referência aos “reis negros” apenas uma manifestação de discriminação racista sem justificativa ou seria a utilização de uma metáfora (não menos influenciada por preconceitos seculares) dos muitos governadores maus que habitavam nosso planeta no momento histórico em que se produzia a obra?

Permita-mo-nos também refletir sobre que figuras estão representadas sob o ícone do Bêbado, o viciado que bebe para esquecer a vergonha de beber, sem resolver os problemas ou melhorar de qualquer modo a realidade da qual tem consciência que vive?

Eis que, nesse momento, algo na outra margem dessa viagem nos atrai a atenção como um espelho invertido: que mensagem nos traz ao coração a brutalidade solitária de Larsen, que conscientemente vive em degradante situação no alto mar, sem mudar sua situação apesar de ter conhecimento dela?

Indaga-mo-nos, pois, sobre o que motiva a mudança e a caminhada na vida das pessoas. Quem nos move é o sonho ou a esperança? Sonhos esperançosos ou a esperança de ter realizados nossos sonhos? E mais, em noites frias e úmidas, sob o peso da solidão, do descaso, da imundice, da fome e da dor, onde encontrar sonho e esperança que nos mova?

A viagem na margem do inexperiente Príncipe se mostra como cheia de esperança e entusiasmo, numa doce aceitação do destino por mais triste que ele possa afigurar aos espectadores, rumo a um final feliz eterno. A viagem na margem de Larsen e de Humpfrey desde o início se opõe a crença em qualquer tipo de eternidade metafísica, se mostrando como totalmente descrente de tudo aquilo não materialmente perceptível aos sentidos humanos, estabelecendo sua busca na imediata satisfação das necessidades biológicas do ser humano.

Nossa viagem em busca do que nos move e nos traz essa eterna felicidade continua para o próximo mês, sem pretender encontrarmos tão já as respostas para essas perguntas suscitadas, mas animados e revigorados pela partilha da inquietação e da dúvida.

Eis mais um mês de contemplação da arte e sua inexatidão.


30.04.2010

Suzany Brasil

sábado, 8 de maio de 2010

Sinopse "O Pequeno Príncipe"


"A história mágica que narra o encontro do Pequeno Príncipe , vindo de um lugar distante, com um aviador perdido no deserto. Juntos, eles compartilham experiências que divertem, encantam e tocam o coração. Os sábios questionamentos de um pequeno menino, buscando um pouco mais de sentido para a nossa existência farão o espectador, adulto ou criança, deparar-se com a meninice, fazendo a imaginação fluir no tempo, sentir o perfume de uma estrela, dialogar com uma raposa, ouvir a voz de uma flor, ver o brilho de uma fonte, escutar o barulho das folhas batidas pelo vento, visitar um rei distante, observar a maliciosa dança de uma serpente. Nestes encontros e desencontros desenha-se a história vivida pelo Pequeno Príncipe, pequeno em seu tamanho, contudo grande em suas virtudes, e, sem dúvida, ao seu lado, o universo, ou melhor, a vida, torna-se um lugar encantador".

Fonte: http://universodoprincipe.blogspot.com/2007/09/sinopse_28.html

(...com um pouco de atraso, mas acho que é cabível para deixar registrado nossas leituras.)